sábado, 23 de outubro de 2010

- Em algum lugar...

Muito distante de mim, separado por quilômetros de estradas e algumas paredes, uma pessoa em particular faz aniversário. Em pensar que há alguns anos atrás nascia alguém que iria me trazer tanta alegria. Nesse dia tão importante eu não posso estar com você. Só me resta te desejar tudo de bom, desejar que você seja feliz e que tudo que você deseja se torne realidade. Quero de desejar paz, saúde, sucesso. Palavras não valem nada mas é tudo o que tenho às 23:44. Espero que você entenda. Enfim, onde quer que eu esteja, independende da situação, sempre vou lembrar de você!
Feliz aniversário, Gustavo Pucci

domingo, 3 de outubro de 2010

Lost.


Eu queria era saber onde foi parar aquele sol lindo de primavera, que ardia nas minhas costas enquanto eu andava sem rumo pelas ruas de asfalto que ligavam nossas casas. Aonde está aquele verde nas àrvores, aquele céu azul com núvens fofas e brancas. Não sei onde está o perfume da cidade, aquele cheiro de ar sujo com perfumes baratos. Queria rever os rostos do passado, um passado onde eu vivia andando sem destino, sorrindo, sem medo das pedras.
Eu queria ver de novo a vista da sua janela. Queria sentir seus lábios se encurvarem e formarem um sorriso enquanto ainda tocava os meus lábios. Quem dera eu ouvir sua gargalhada ecoando pelas paredes azuis.
Está tudo tão perdido, escrito nas páginas amareladas de um livro velho. Lá dentro estou eu, procurando pelas entrelinhas, onde foi parar o passado colorido que deixou o mundo onde eu vivo hoje, sem você.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Heartless

Por fora ele tinha a imagem que todas gostavam. Alto, pele clara, cabelos fora de ordem e negros. Os olhos eram duas esferas perfeitas de uma escuridão absurda. O jeito de andar, o modo como falava e até o perfume indicavam o cara errado, perfeito pra você não se apaixonar. Era audacioso, corajoso, empolgante, sedutor... viciante.
Por dentro era um garoto que chorou com a primeira decepção amorosa e por culpa disso, nunca mais acreditou no amor. Em algum lugar na estrada da vida ele perdeu o coração para alguma mulher sem coração. Ela levou-o como lembrança de um história adolescente que terminou de forma nada agradável. Como terminou? Ela o feriu com a própria espada. Traição. Quem era caçador, virou caça.
Mas de tudo o que vivemos, tiramos uma lição... ele também. Nunca mais se apaixonou. Podia alguém viver sem uma alma? É, talvez não dê para amar quando não se tem um coração. Mas ele não entendeu que o amor sempre acontece. Uma hora ou outra ele aparece, geralmente dos momentos mais inesperados, e nos abala, bagunça, confunde, mistura, mexe e remexe. E às vezes se vai, mas acredite, ele sempre volta.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

- Resumos, rascunhos, rabiscos


Você não vai entender, eu sei.
Isso não vai fazer você voltar pra mim.
Tudo o que eu tenho pra dizer, meu bem
Você já está cansado de saber.

Percebeu que eu sem você sou perfume sem essencia?
Reparou que sua vida é a razão da minha existencia?
O todo pra mim se resume no teu nome.
E quando penso que eu te encontrei, você some.

Você é um anagrama que não consigo desvendar.
O pôr-do-sol não se compara ao teu olhar.
As roupas mais caras não são melhores que te abraçar.
Não posso negar, quero te ver, te olhar, ficar contigo sem hora pra voltar.

- Control your poison, baby


Tão grande e tão pequena, tão forte e tão frágil, tão inteligente e tão burra, tão esperta e tão cega. Ela sobe no salto e ainda é tão baixa. Faz de uma página de Internet, seu diário pessoal. Acha que é a dona da razão, dona da bondade, dos melhores amigos e de um mundo perfeito, mas mal vê que o solo está se abrindo sob seus pés. Vê defeitos em todos à sua volta mas não vê que primeiro, a gente deve analizar os próprios defeitos. E suas palavras, as que ela pensa que são tão certas, se embaralham na ilusão que é seu mundo. Se meu mundo é de mentira eu não sei, mas o seu é um teatro completo, com direito a coreografia, texto e diretor. E ao invéz de você dirigir sua própria peça, quem comanda cada passo são as vozes que ecoam fora da sua cabeça.
Olhe pra você, veja como você é agora. Antes, bem antes, você não era assim. Você não tinha maldade nas palavras, tratava todos com educação e não com sarcasmo, tinha postura digna de princesa. Mas você quis ser mais, mais do que podia ser. Agora vejo no monstro que você se tornou. Ignorante, inconsequente, prepotente e abalável. Sim, meu anjo, abalável. Tão vulnerável quanto uma boneca de porcelana, maleável como argila, fútil como uma criança. Seu mundo não tem bases sólidas, feito de mentiras. E de ti, pequena, tenho pena. Pena porque você está indo por um caminho sem volta, pena porque sei que no frio do vento, seu coração dói. Ele tem uma rachadura assim como o meu, eu sei como você se sente. Eles disseram que iriam colar band-aids mas isso não foi suficiente. Você se sente sozinha e acha que, de alguma forma, a rachadura teve minha influencia. Acorde, isso não é verdade. A verdade não se ouve, ela não tem cor nem cheiro, não pode ser sussurrada nem sentida, apenas vista.
Abra seus olhos, o que você vê?

terça-feira, 27 de julho de 2010

- poesias, arranjos, você

Tentei começar esse texto um milhão de vezes e ainda não sei ao certo o que escrever. Você não vai ler, não vai ver, não vai saber. Permanecerá em segredo. Creio eu que em breve nos veremos, nos cruzaremos e seremos obrigados a nos olhar. Antes, os olhares eram doces, hoje nem tanto. Coração, como foi fazer isso comigo? Sofro a tanto tempo, dei tempo ao tal do tempo e o tempo me enganou. Vou ser obrigada a vestir minha melhor fantasia de garota forte, feliz e divertida outra vez. E vai doer ver você tocá-la, não vai ser fácil ouvir você chamando o nome dela. A pele que um dia me tocou, a voz que tantas vezes repetiu meu nome de formas diferentes... eu ainda me lembro tão bem. Gostaria de saber o que fazer com meus cacos...
Sou algo tão incompleto como melodia sem letra, violão sem corda, lápis sem papel, estrelas sem céu. Sem você sou verdade incerta, natureza morta, dedo sem anel.
Que saudades de você, que vontade de te ver, que sonho ser o que eu já fui um dia.
Que vontade de gritar, que raiva de te amar, que noite escura e fria.

terça-feira, 6 de julho de 2010

- empty

Não faz sentido algum mas eu me sinto tão vazia... mais vazia que o normal. Tenho ficado calada por um motivo que desconheço. Talvez eu até conheça mas ainda não faz sentido. Me deprimir constante e facilmente tem sido normal. Abraço meu corpo frio de madrugada como se eu fosse desmontar-me pela cama. Choro com facilidade.
Nada tem graça e é raridade uma risada gostosa. Falta interesse pelas coisas e pessoas, falta coragem para acordar e sobra preguiça pra ir dormir. Concentração é algo que não conheço mais. Vontade de ficar calada, coisa que eu pensei que jamais teria, é o que mais tenho.
Quanto mais ando, mais quero me afastar. Quanto mais me afasto, mais quero te encontrar. E por mais sozinha que eu esteja, ainda te sinto comigo. Há uma janela aberta no topo de um castelo, olho pra ela e imagino se o mundo é diferente do outro lado da parede.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

- bad days

O problema é quando eu te encontro, quando te vejo eu desmorono. Eu não sei mais como lidar com as situações que eu passo frente a frente com você. Eu queria uma algema forte pra prender você do meu lado sem essa dor, sem esse buraco, sem a ferida, sem o buraco... sem chorar. Sonho bonito se isso fosse real... sonho. O problema foi te conhecer, foi me apaixonar. Será que é só pra mim que o amor é tão ruim? Será só no meu céu que as nuvens negras se estacionaram? A garotinha queria apenas saber onde foi parar o sol das manhãs de sábado dormindo até tarde.
Os dias pra mim são todos iguais, todos coisas ruins. Faz parte do meu eu, não tem como separar. E eu ainda queria saber onde está aquela luz que ardia na pele nas tardes de domingo. Os dias viraram desespero, tortura, solidão. Sem você aqui não tem tanto sentido afinal... nunca teve sentido mesmo. Preciso de alguém pra me vigiar, cuidar por onde ando, ver o que estou fazendo, o que estou comendo, alguém pra se preocupar comigo e me deixar nervosa com isso. Antes nervosa do que triste. Você é um problema, meu problema. Dá pra ver nos olhos, dá pra perceber que não tem jeito o meu estado. Já era. Você levou meu coração com você e o arrasta pelo chão por onde quer que vá, até pela contra-mão. Dia ruim de novo, lágrimas no travesseiro, solidão, tortura, buraco, escuro, silêncio.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

- redemption

Você não quer, mas se por acaso você sonha comigo, algo mexe em você. Minha voz te agonia, eu percebo. Meu sorriso te incomoda? Te tortura? Porque? Por não ser mais seu? Eu vejo como seus olhos me fitam quando eu o faço. Você me olha de um jeito como se uma faca estivesse cravada em seu peito. Está? Porque você me chama pelo nome e não pelo apelido que me deu? Ele cutuca uma feria em você assim como em mim, suponho. Talvez chamar-me como antes chamou seja um meio de lembrar do éramos. Porque faz questão de tocar em assuntos que me incomodam quando estamos perto? Porque faz questão de chegar tão perto? Porque faz parecer que você é o bonzinho? Porque conversa com os outros olhando pra mim? Reparou como quase não me sobra voz ao te ver? Isso se chama Redenção. Eu me rendi aos sentimentos, vacilei em deixar você percebê-los. Não pude me conter ao te ver, eu desmoronei, confesso. Mas isso é render-se, render-se de corpo, alma e coração. Se errei ou não, se você sabe ou não, eu me rendi... pra você!

- changes

Até um tempo atrás, eu precisaria de muitos dedos para contar meus amigos, precisaria de um caderno de brochura para escrever todos os meus sonhos, de muitos anos de vida pra querer morrer e de apenas 1/4 de barra de chocolate para suprir meus momentos de carência. Hoje, pude perceber que me sobraram poucos amigos de verdade, aqueles que a gente confia e que agora uso apenas minhas duas mãos para contá-los. Se eu usa 5 linhas para escrever meus sonhos é muito. Muitos anos de vida? Não desejo isso nesta vida! E só de chocolate eu tive um prejuízo enorme. As coisas mudaram, hoje se tu não tem um celular, twitter, album decente no orkut ou tênis de marca, tu tá por fora. E se tu não gosta de celular, twitter, não curte tirar fotos e nem usar tênis, o que isso tem a ver? Simples, a merda da moda! Vai querer ficar de fora? Tuas amigas te zuando, os amigos precionando? Taxado de mané porque ainda escuta The Ramones enquanto todo mundo tá cantando o novo single da Lady Gaga? As coisas mudaram muito rápido. O mundo mudou, me mudou. Me vestiu do jeito que ele quis. Tirou meus amigos, meus hábitos, minhas vontades... me mandou você. Como se não bastasse ter me tirado tudo, mandou você pra arrazar com a minha vida. Mano, tu me ferrou.